O Ministério Público da Paraíba (MPPB) promoveu, nessa segunda-feira (11/05), uma audiência com representantes (entre prefeitos, procuradores e secretários de educação e transporte) dos municípios de Bonito de Santa Fé, Carrapateira, São José de Piranhas e Monte Horebe, localizados no Sertão do Estado, para tratar de problemas relacionados ao transporte escolar.
Dentre as medidas deliberadas está a realização de cadastramento de todos os
estudantes que fazem uso do transporte público nessas localidades para que haja
o controle dos usuários do serviço e seja dispensado o número adequado de
veículos por dia e rota, evitando superlotação de alunos.
A audiência presidida pelo promotor de Justiça de São José de
Piranhas, Levi Emanuel Monteiro de Sobral, é um desdobramento de quatro
inquéritos civis públicos (números 039.2021.001229, 039.2021.001230,
039.2021.001231 e 039.2021.001232) instaurados para acompanhar o serviço de
transporte escolar prestado pelos municípios.
Na ocasião, o promotor de Justiça destacou a necessidade de os
gestores encaminharem os veículos integrantes de suas frotas escolares para a
vistoria extraordinária que será realizada pelo Departamento de Trânsito
(Detran-PB), em data a ser informada pelo órgão e pelo Centro de Apoio
Operacional em matéria da Educação, Criança e Adolescente (CAO CAE) do MPPB,
por meio do projeto “Transporte Escolar - alegria de ir e vir”, que tem como
objetivo garantir o cumprimento das normas de trânsito para que os alunos
tenham um transporte escolar seguro e de qualidade.
Segundo o promotor de Justiça, foram discutidas questões como a
necessidade do transporte adequado para evitar superlotação e o atendimento das
necessidades dos estudantes residentes nas diversas regiões que integram os
municípios para garantir segurança e acesso à rede pública de ensino.
Transporte
de universitários
Outro assunto debatido na audiência foi o fornecimento de
transporte a universitários. Os prefeitos de Bonito de Santa Fé, Carrapateira e
São José de Piranhas falaram da dificuldade no translado de estudantes aos
municípios de Cajazeiras e Sousa, uma vez que o serviço é realizado
praticamente com recursos municipais.
Também disseram que a falta de cadastramento de estudantes que
não fazem esse percurso em dias fixos acaba por gerar a superlotação, o que
levou à proposição do cadastramento desses estudantes e expedição de
carteirinha aos universitários para resolver o problema.